sexta-feira, 3 de abril de 2009

CURIOSIDADES

Já pra rua!
Por: Próxima Viagem
Há quem olhe de esguelha para as comidinhas de rua. A resistência é justificável. Encarar um churrasquinho grego na Av. São João (em São Paulo) ou um angu na praça XV (no Rio de Janeiro) pode trazer conseqüências desagradáveis. E põe desagradável nisso! Mas, em muitos outros casos, não é preciso ser estóico ou destemido para pedir uma comidinha servida na calçada. Quem nunca degustou um "envelope" (leia-se, pastel) ou uma "granada de mão" (entenda-se, quibe) em lugares que não primam pelo cerimonial do palácio está perdendo. Perde ainda mais quem viaja para fora do país e não experimenta os quitutes locais. Como sabe bem o leitor, eles traduzem o modo de vida do lugar. O melhor: as comidinhas de rua são baratas - no sentido de menos caras, por favor! Segue-se uma seleção das mais saborosas (para você provar) e das mais esdrúxulas (para você se divertir).
Taralli (Nápoles, Itália)


Para depois do engarrafamento
Em Nápoles foram inventados os únicos discos que jamais saíram das paradas de sucesso: a pizza e, o que mudou o mundo, a bússola. O taralli é um disco menos importante - mas muito saboroso. A rosquinha é feita com amêndoas e consumida entre um e outro impropério disparado no trânsito.
Churro (Madri, Espanha)


Até em velório
Inventado nas feiras ambulantes de Madri há dois séculos, o churro tornou-se o prato rápido mais conhecido da cidade. Sua massa é frita em óleo vegetal e ganha uma delicada camada de açúcar e canela por fora. Há quase 100 anos os madrilenhos associam a receita ao chocolate quente. Daí que criaram ótimos endereços para apreciar a dupla, sendo o principal a Chocolateria San Ginés. Uma curiosidade: os espanhóis se surpreendem ao saber que o churro mais famoso de São Paulo só é servido aos sábados, domingos e feriados, das 2h30 às 11h30 da manhã - é o churro do "seu" Toninho, na Rua Ana Néri, no bairro da Mooca. Mas, o mais estranho ocorre em Cuba. Na ilha do barbudo, o prato é típico de velórios.
Oden (Tóquio, Japão)





No fim da balada
No verão, não tem. Na hora do almoço, também não. O oden, um cozido à base de algas e peixes secos, foi criado para ser servido nas noites frias. Embora remeta a tempos imemoriais, virou o queridinho dos modernetes de Tóquio. Explicando: conforta o estômago depois de uma balada daquelas. Algumas carrocinhas o preparam com sardinha. Outras, com camarões. A depender da região, leva até tendão de boi.
Empanada (Buenos Aires, Argentina)


Briga de vizinhos
Argentinos e uruguaios brigam pela invenção do tango. Já argentinos e chilenos, pela da empanada (conhecida na Bolívia por salteña). Na realidade, o acepipe de carne envolvida em massa airosa veio da Espanha, no farnel dos colonizadores. Mas sua origem é mais remota. Os mouros a trouxeram da Pérsia e a divulgaram nos oito séculos em que estabeleceram na Península Ibérica. Também ensinaram a sacudir o quitute depois da primeira mordida, para distribuir melhor o suco no seu interior. Cozinheiros refinados concordam num ponto: ninguém faz a melhor empanada do que os argentinos. Muito menos o tango.
Bagel (Cracóvia, Polônia)


Um mimo para as mamães
O primeiro bagel foi criado por uma família judaica na Cracóvia, em 1610. Assim reza a história. Logo, o pãozinho - que é primeiro fervido e, depois, cozido - tornou-se um presente a ser dado às mamães recentes, na primeira visita ao bebê. Essa tradição evaporou-se, mas o bagel ganhou o planeta, graças aos judeus do Leste Europeu radicados nas grandes cidades mundo afora. Muita gente identifica o bagel com Nova York. Em NY, de fato, ele é vendido até no Starbuck's - e no McDonald's! Para os puristas, um bagel só pode ser chamado como tal se a massa foi escaldada em água fervente. Não é o que acontece em fornos mecanizados.
Chipa (Assunção, Paraguai)



Verdades e mentiras
Uma verdade: a chipa é deliciosa. Tanto que se transformou numa das comidinhas de rua mais adoradas também em Mato Grosso. O tradicional biscoito paraguaio lembra o pão de queijo mineiro. Além do queijo, a receita requer polvilho, óleo vegetal, ovos e sal. Uma vez misturados, os ingredientes são levados ao forno. Agora, uma mentira: a sopa paraguaia, outro prato típico, não é sopa. Exige garfo e faca.
Jellied Eels (Londres, Inglaterra)



Uma exceção britânica
As melhores comidinhas de rua de Londres são indianas, jamaicanas, barbadianas etc. Ou seja, vieram dos lugares ocupados pelos ingleses. Bem, um país que não tem sinônimo para a expressão "bom apetite" não poderia mesmo se vangloriar de suas veleidades culinárias. Uma exceção: o fish and chips. Outra: a jellied eels, uma geléia de enguias. O local mais tradicional para prová-la é o East End do White Chappel.
Kebab (Istambul, Turquia)



Escolha o nome
Definir o kebab em algumas linhas é tarefa impossível. Conforme o país e as adaptações locais, o prato pode se chamar kabob, kabab, shawarna, döner kebab, gyrus, kafta, souvlaki, michuí e até churrasquinho grego. (Aviso: esses são apenas alguns dos nomes!) Os ingredientes e a maneira de fazer o kebab também variam à beça. Vale tudo: carne, peixe, frutos do mar, legume ou fruta. Tem gente que grelha na chapa. Outros cozinham na panela. Há, ainda, aqueles que assam em uma engenhoca giratória. Em comum, a maioria leva carne de cordeiro acomodada no pão sírio.

Canguru a Vapor (Sydney, Austrália)
Feio e saboroso
O canguru não prima pelo design - assim como seus conterrâneos, o ornitorrinco e o diabo da Tasmânia. No entanto, há quem lhe aprecie o sabor (forte, por sinal), que se costuma comparar ao do avestruz e ao das carnes vermelhas similares. A receita de canguru mais difundida é um picadinho, cozido ao vapor com bacon e pimenta. Esquisito? Ora, a Austrália também inventou a banda Midnight Oil e o arremesso de anão.



Cepelinai (Kaunas, Lituânia)
O zeppelin que não pesa
A Lituânia foi a primeira das repúblicas soviéticas a se insurgir contra os desmandos do Kremlim. Sua população (3,4 milhões de almas) jamais abaixou a cabeça, mesmo nos tempos bicudos. Prova disso é o centro histórico da cidade de Kaunas. Foi destruído treze vezes - e reconstruído catorze. É justamente nesse ponto da cidade que as carrocinhas vendem o cepelinai, nome derivado do Zeppelin - isso mesmo, alguém cismou que o acepipe tem o formato do célebre dirigível. Trata-se de uma espécie de bolinho de batata, recheado de carne, requeijão ou cogumelos.



Escorpião Frito (Cingapura)
Acabou-se o veneno
Você pode temer o aspecto. Mas não o veneno. Antes de ser frito, o escorpião é cozido em altas temperaturas, o que elimina a peçonha. Belo ou repulsivo, o escorpião é muito apreciado em Cingapura - e em outras capitais asiáticas. Sobretudo, se for da cor negra e servido bem crocante. Usam-se os hashi (aqueles dois pauzinhos) para levá-lo à boca.



Waffle (Bruxelas, Bélgica)
Com sorvete ou com chocolate?
A Bélgica é o país com a maior densidade de farmácias no mundo. Há uma delas a cada esquina. Mas as comidinhas de rua belgas nada têm a ver com isso. Pare numa carrocinha em Bruxelas e peça um waffle. Escolha: pode vir coberto de morangos, chantilly, sorvete ou chocolate. A massa não tem maiores segredos. A diferença está na fôrma de metal, que torna os waffles de Bruxelas douradinhos e crocantes por fora e macios por dentro. Hummmm... Vantagem adicional: custam muito menos que um chocolate Godiva ou Neuhass, cotados a preços comparáveis aos diamantes lapidados em Antuérpia.


Larva do Bicho-da-seda (Seul, Coréia do Sul)
Uma pipoca muito diferente
O bicho-da-seda é o animal que mais aumenta de peso ao longo da vida: 10.000 vezes. Mas nem mesmo os coreanos o degustam já crescido. Preferem o bicho ainda bebê, como larva, que é frita e servida em saquinhos de papel. Como se fosse pipoca ou amendoim.



Samosa (Nova Délhi, Índia)
Das especiarias ao pastel especial
A Índia é aquele lugar tão esquisito que seu maior líder - o fantástico Gandhi - conseguiu conquistar a independência da nação sem levantar um dedo, apenas pregando a paz. O país também tem uma culinária esquisita - mas riquíssima. Vinham dali, como você bem sabe, as especiarias que impulsionaram a Era das Navegações. Entre os muitos petiscos de rua, destaca-se uma espécie de pastel, a samosa, à base de batata ou ervilha (servido embrulhado em jornal). E vem se tornando sucesso nos botecos chiques paulistanos. Em especial, naqueles que se pretendem cariocas: Galinheiro Grill, Salve Jorge e Piratininga, entre outros.



Pad Thai (Bancoc, Tailândia)
Macarrão de arroz
O arroz é tão importante na cultura tailandesa que, por lá, a palavra arroz é, também, sinônimo de comida. Imagine um prato de talharim. Pois na Tailândia até o macarrão é feito de arroz. Acredite: fica ótimo. O pad thai, a mais admirada comidinha de rua de Bancoc (a capital do país), consiste em talharim com frango, cebola roxa, broto-de-feijão, cebolinha, casca de limão raspada e amendoim. Algumas carrocinhas mais descoladas também incluem camarão na receita. Em comum, todas tentam acertar o sabor ao mesmo tempo picante e doce. A maioria consegue. Ei, você sabia que vodca, em russo, também é sinônimo de agüinha?



Pretzel (Nova York, Estados Unidos)
Quase a salvação do mundo
O pretzel salvou Viena em 1510. Explicando: os turcos aproveitaram a noite para invadir a cidade da valsa, mas dançaram. Durante a madrugada, os padeiros judeus preparavam os pretzels e deram o alerta. Detonaram o plano dos forasteiros. O pretzel quase salvou o mundo em 2002. George W. Bush assistia ao jogo de futebol americano na TV, beliscando petiscos. Até que um pretzel entalou em sua garganta. O presidente desmaiou. Caiu de cara. Teve a sorte de ser atendido com rapidez. Criado há um milênio e meio, o pretzel é um biscoito em forma de nó. Pode ser doce. Ou salgado. É tão alvissareiro (para a maioria!) que, na passagem de ano, os alemães penduram vários deles no pescoço.

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